Back in Rio
I just got back to my room in Rio de Janeiro after getting some dinner and bawled. I’ve spent the last five days with old and new friends, celebrating my friend’s wedding in Búzios. My plan was always to come back to Rio and reconnect with the city that I credit as the place that offered me space to transition into adulthood and womanhood. This place and I have a spiritual connection. Montana knows my birth and the energy I feel there is motherly, nurturing, and resetting. The energy here knows a higher pitch, a chaos within me. It knows the walls I bumped against as I found my path both within a new city and culture, but also within myself. Living here, a small town girl who wore her heart on her sleeve, wasn’t easy, but it always felt necessary to be here. It wasn’t until I cried just now that I realized how overwhelmed I am to be here. I feel like I don’t have enough time to sink in, which is the only way I know how to exist here. To live in a place is to have days there where you do nothing, where you let yourself be. On vacation, in you number one place, after four years of not visiting, there is a certain pressure. I feel in limbo, caught between both of my worlds right now. AND THEY ARE BOTH AMAZING WORLDS! I am not caught between a rock and a hard place. I am between two cities that light me up from the inside out. I love them both and the only way I would leave one is for the other. I’m amazed at how much my brain remembers … a shoe shop used to be there, that McDonalds wasn’t there before, the futebol bars are side-by-side on the next corner etc. I feel a little paralyzed with the amount of things I want to do and the simultaneous determination not pressure myself to do them.
Two homeless men with dogs got into a fist fight as I walked past on my way home. Two of one man’s dogs, not on leashes, started being aggressive with the other man’s dog who was on a leash. The man with the leashed dog started yelling and I couldn’t make out what was said, but the man with the leash charged and started swinging. The communal action that took place is probably part of what made me well up. I didn’t see the conflict as much as I saw the camaraderie of all the passersby. At one point the man with the two dogs grabbed a metal pole from one of booths they are setting up for the weekly hippie fair tomorrow. I instinctively turned away, fearing that he would swing and seriously injure the other man or the dog, but a delivery boy grabbed it away from him and threw it on the other side of the fence. At the end of the argument the boy went to the other side and grabbed it to return it to the booth. Eu amo Brasil.
I am meeting my friend Rane tomorrow at the fair for a coconut and a catch-up. I can’t believe I haven’t seen her in four years and I’m sure she’s had many an adventure to tell me about. I’m hoping to wake up feeling brand new, but no pressure ;)
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Acabei de voltar para o meu quarto no Rio de Janeiro depois de jantar e chorei. Passei os últimos cinco dias com velhos e novos amigos, celebrando o casamento do meu amigo em Búzios. Meu plano sempre foi voltar ao Rio e me reconectar com a cidade que credito como o lugar que me oferecia espaço para a transição para a vida adulta e a feminilidade. Este lugar e eu temos uma conexão espiritual. Montana conhece meu nascimento e a energia que sinto lá é maternal, nutridora e redefinida. A energia aqui conhece um tom mais alto, um caos dentro de mim. Ele conhece as paredes contra as quais esbarrei quando encontrei meu caminho dentro de uma nova cidade e cultura, mas também dentro de mim. Viver aqui, uma garota de cidade pequena que usava seu coração na manga não era fácil, mas sempre parecia necessário estar aqui. Não foi até que eu chorei agora que percebi o quão sobrecarregada estou por estar aqui. Sinto que não tenho tempo suficiente para mergulhar, que é a única maneira que conheço de existir aqui. Morar em um lugar é ter dias lá onde você não faz nada, onde você se deixa ser. Nas férias, no seu lugar número um, depois de quatro anos sem visitar, há uma certa pressão. Eu me sinto no limbo, preso entre os meus dois mundos agora. E AMBOS SÃO MUNDOS INCRÍVEIS! Não estou preso entre uma rocha e um lugar duro. Estou entre duas cidades que me iluminam de dentro para fora. Eu amo os dois e a única maneira de deixar um é pelo outro. Fico impressionada com o quanto meu cérebro lembra... tinha uma sapataria lá, que o McDonalds não existia antes, os bares de futebol ficam lado a lado na próxima esquina etc. Fico um pouco paralisado com a quantidade de coisas que quero fazer e a determinação simultânea de não me pressionar para fazê-las.
Dois sem-teto com cachorros começaram a brigar enquanto eu passava a caminho de casa. Dois dos cães de um homem, sem coleira, começaram a ser agressivos com o cachorro do outro homem que estava com coleira. O homem com o cachorro na coleira começou a gritar e eu não consegui entender o que foi dito, mas o homem com a coleira atacou e começou a balançar. A ação comunitária que ocorreu provavelmente é parte do que me fez bem. Eu não via o conflito tanto quanto via a camaradagem de todos os transeuntes. A certa altura, o homem com os dois cachorros pegou um poste de metal de uma das barracas que eles estão montando para a feira semanal de hippies amanhã. Eu instintivamente me virei, temendo que ele fosse balançar e ferir gravemente o outro homem ou o cachorro, mas um entregador o agarrou e jogou do outro lado da cerca. Ao final da discussão o menino foi para o outro lado e agarrou-o para devolvê-lo à cabine. Eu amo Brasil.
Vou encontrar meu amigo Rane amanhã na feira para um coco e um catch-up. Não acredito que não a vejo há quatro anos e tenho certeza de que ela teve muitas aventuras para me contar. Espero acordar me sentindo nova em folha, mas sem pressão ;)
xoxo
Mariamma